Defesa do Evangelho busca a prática sincera dos verdadeiros ensinos do SENHOR JESUS CRISTO. “...Sabendo que fui posto para defesa do evangelho. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda” (Filipenses 1.17-18). Participe dessa Defesa! Deixe o seu comentário ao final do artigo ou escreva para o nosso email: adielteofilo7@gmail.com
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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

DESIGREJADOS

O que tem empurrado o rebanho de Cristo para fora dos templos?

Os desigrejados são aqueles cristãos que deixaram de freqüentar os templos evangélicos e suas liturgias, cujo número tem crescido bastante nos últimos anos em nosso país, conforme veiculado em revistas e periódicos. Não se confundem com os desviados, pois não abandonaram a fé em Jesus Cristo e nem a prática de vida segundo os preceitos doutrinários das Escrituras Sagradas. Mas, o que tem empurrado essa parte do rebanho para fora dos templos? Quais as razões que levam o cristão a correr os riscos daqueles que deixam de congregar? Qual é a luz que a Palavra de Deus pode lançar sobre essa questão?

A Epístola aos Hebreus (10.25) nos adverte: "Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns...". Aplicando a expressão congregação no sentido de templo, o melhor seria não se afastar dele, pois o templo é o local destinado ao culto sincero a Deus. Entretanto, importa lembrar que o Senhor Jesus está de fora e bate à porta da igreja em Laodicéia (Apocalipse 3.14-22), que representa o período atual da história da Igreja na Terra. Convém lembrar ainda que Jesus Cristo, ao alertar sobre o aparecimento da abominação desoladora no lugar santo, predita pelo profeta Daniel (12.9-12), orientou os judeus a fugir e não voltar atrás, conforme o sermão escatológico de Mateus 24.15-18.

É Interessante notar que o templo em Jerusalém não foi lugar seguro para o próprio Senhor Jesus. Após ensinar que era o Filho de Deus: "pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se retirou." (João 8.59). Depois de afirmar que era o Cristo e um com o Pai, quando passeava no templo, no alpendre de Salomão, “os judeus pegaram então outra vez em pedras para o apedrejar” e também procuravam prendê-lo, “mas ele escapou-se de suas mãos, e retirou-se outra vez para além do Jordão...” (João 10.23-39).

Por fim, “Jesus já não andava manifestamente entre os judeus, mas retirou-se dali para a terra junto do deserto, para uma cidade chamada Efraim... Ora, os principais dos sacerdotes e os fariseus tinham dado ordem para que, se alguém soubesse onde ele estava, o denunciasse, para o prenderem” (João 11.54-57). Como se vê, o Filho de Deus foi constrangido a fugir do templo e dos perseguidores, que por várias vezes conspiraram matá-lo, até que chegasse a hora de ser preso e crucificado, para conceder vida eterna aos homens.

Se assim fizeram com Jesus Cristo, o que não farão os sacerdotes e fariseus da atualidade contra os seguidores de Cristo? Principalmente aos Seus imitadores que dizem a verdade e não aceitam a hipocrisia, a desonestidade e a injustiça, enfim a iniqüidade que tem se multiplicado na administração eclesiástica de muitas denominações (Mateus 24.12), tornando-as vazias da unção do Espírito Santo, embora cheias de programação, com muito movimento, porém sem Avivamento.

Essas e outras práticas desvirtuadas do autêntico Evangelho estão escandalizando e sufocando o rebanho do Senhor Jesus (Mateus 13.41-42). Acabam empurrando muitos cristãos sinceros para fora dos templos, os quais saem em busca de refrigério para a alma e de bons exemplos a seguir, tal como do Apóstolo Paulo: "Sede meus imitadores, como também eu de Cristo" (I Coríntios 11.1).

Congregar é importante, no entanto convém ressaltar que os cristãos piedosos são “o corpo de Cristo, e seus membros em particular" (I Coríntios 12.27). Não perdem esse vínculo espíritual, ainda que estejam no deserto, como João Batista e outros heróis da fé, que “andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados, dos quais o mundo não era digno, errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra” (Hebreus 11.36-38).

Afinal, Jesus ensinou e realizou muitos milagres nos montes, à beira-mar e andando pelos caminhos, campos e aldeias. Disse: "onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles." (Mateus 18.20). Ele voltará em breve para buscar os salvos, contudo, não entrará nos templos, pois “...seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor" (I Tessalonicenses 4.17). Portanto, desigrejado, sim, mas sem o Senhor Jesus Cristo, jamais!  
Adiel Teófilo