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terça-feira, 13 de agosto de 2013

IGREJAS "CALOTEIRAS"

Por Adiel Teófilo.

Pior que crente com o nome sujo no SPC é igreja caloteira. Isso mesmo! Igreja que não paga as suas contas em dia! Obviamente que o calote não é de responsabilidade de todos os membros da denominação evangélica que está inadimplente, mas do dirigente ou da diretoria que administra a parte financeira da organização religiosa.  
 
Certa ocasião, quando desempenhava a função de Delegado de Polícia no plantão de uma das Delegacias do Distrito Federal, fora conduzido à minha presença um indivíduo que tinha proferido vários xingamentos e insultos contra uma senhora. Aos entrevistá-los, veio à tona o lado mais deplorável desse episódio: aquele indivíduo dizia ser pastor evangélico, tinha alugado uma loja de propriedade daquela senhora para o funcionamento de uma igreja, porém não pagava por alguns meses o aluguel, nem as contas de água e energia elétrica, causando transtornos àquela proprietária. Ao ser procurado para desocupar o imóvel, não satisfeito, o citado “pastor” ainda proferiu as ofensas verbais.
 
Que tipo de “sal da terra e luz do mundo” é esse?  O ensino de Jesus Cristo aponta noutra direção bem diferente dessa espécie de crente: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 5.16).
 
Fatos semelhantes ao acima relatado têm acontecido em vários lugares. Foi-se o tempo em que podia confiar na palavra das pessoas, ainda mais quando se dizia ser cristão. Atualmente, não apenas membros de modo geral, mas também líderes evangélicos estão se contaminando com as mazelas do capitalismo. Lançam mão do crédito fácil e rápido, fazendo dívidas em nome da igreja, e por fim, acabam não honrando os compromissos assumidos em nome da denominação.
 
Alguns são cobiçosos de torpe ganância e se aventuram como ministros religiosos. Abrem templos religiosos em locais alugados, às vezes bem perto de outras igrejas mais antigas, no afã de arrebanhar um grande grupo de seguidores e arrecadar muito dinheiro. Não têm qualquer compromisso com as doutrinas da Palavra de Deus, nem mesmo com o Deus da Palavra. São "falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores" (Mateus 7.15).
 
E quando o “empreendimento evangélico” não dá certo, fecham as portas e simplesmente desaparecem. Deixam dívidas e um calote geral nos credores, além de pessoas escandalizadas com os tais “crentes”. Mas é necessário que tudo isso aconteça: "Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!"  (Mateus 18.7).

Existe ainda outra realidade e talvez seja a face mais lamentável entre os evangélicos. Há igrejas antigas e até centenárias no Brasil, que no passado foram dirigidas por abnegados e dedicados homens que trabalharam para o Reino de Deus. Entretanto, depois que algumas igrejas foram apossadas por alguns como se fosse reino pessoal e hereditário, o que se percebe é a liderança cometendo os mesmos erros praticados pelos infiéis: dentre outras práticas antibíblicas, estão contraindo dívidas em nome da denominação, porém não estão pagando em dia os compromissos assumidos. Deviam atentar para as Escrituras: “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros” (Romanos 13.8). 

Esse endividamento de algumas igrejas pode ter a sua origem nos mais diversos motivos. Gastaram o que não podiam pagar. Aplicaram noutros fins o que deveria ser investido no Reino de Deus. Foram mordomos infiéis no pouco desta terra, administrando mal o que pertence ao Senhor. Ora, Jesus Cristo nos ensina a administrar com zelo e cautela, sermos previdentes e a planejar antes de iniciar qualquer empreendimento: Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar” (Lucas 14.28-30).

Esse descontrole financeiro tem acarretado não apenas o escárnio dos ímpios, mas também outros problemas mais sérios. Há igrejas que estão com o nome sujo nos órgãos de proteção ao crédito e até respondendo ação de cobrança perante o Poder Judiciário. Os credores, cansados de esperar, acabam propondo ação de execução na Justiça, exigindo da igreja o pagamento das dívidas. Há casos em que chega ao ponto do juiz determinar a penhora de bem imóvel ou de dinheiro da igreja, para pagar os compromissos financeiros que a igreja não honrou. Tudo isso é um péssimo testemunho por parte daqueles que se dizem cristãos, ainda mais quando envolve a liderança de igreja evangélica.

E se você pensa que o problema está longe de sua igreja, cuidado! Pode estar bem mais perto do que você imagina! Não estará perto se o dirigente ou a diretoria de sua igreja for zelosa na administração da Casa do Senhor, não se deixando influenciar pelas práticas desonestas da atualidade, nem pelo estilo administrativo de “Judas Iscariotes”, porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava” (João 12.6).

Você pode até se informar da verdade, caso tenha interesse, através dos sites de consulta pública dos Tribunais de Justiça na internet. Coloque o nome de sua igreja e verifique se ela responde a algum processo judicial de cobrança ou coisa semelhante. Mas, cuidado! Não se escandalize se descobrir que sua igreja está entre as caloteiras! Olhe para Jesus Cristo, o autor e consumador da fé (Hebreus 12.2). Ele é Quem perdoa os nossos pecados, porque "tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz" (Colossenses 2.14). Enfim, em Cristo Jesus não há engano, e a Noiva do Cordeiro não é caloteira, pois o Senhor prepara para si mesmo uma “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível" (Efésios 5.27).